Em outubro, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, recebe parte da programação do Kleztival – Festival Internacional de Música Judaica (evento anual criado em 2010 pela ONG Instituto da Música Judaica-Brasil, dedicado a preservar, difundir e renovar a tradição musical judaica). No Museu da Imagem e do Som, o Festival apresenta atrações gratuitas nos dias 21, terça-feira, e dia 25, sábado, no Auditório MIS.
O Kleztival reúne artistas brasileiros e estrangeiros em concertos, oficinas, palestras e encontros. A programação contempla gêneros como música sefardita, yiddish, israelense e contemporânea, abrindo espaço para fusões com o jazz, a música brasileira e outras sonoridades do mundo. O Festival se tornou referência na cena cultural de São Paulo e um dos principais pontos de encontro entre músicos e estudiosos interessados no diálogo entre tradição e inovação na música judaica.
PROGRAMAÇÃO | KLEZTIVAL NO MIS
21.10, terça-feira
20h - Auditório MIS | Masterclass | “Viva a vida”: compondo para cinema | com Ruben Feffer e Felipe Grytz - A masterclass leva o público a uma jornada musical e cinematográfica única, explorando as trilhas e os bastidores do filme “Viva a vida” (dir. Cris D’Amato, 2024). Ao longo de diferentes momentos, os compositores Ruben Feffer (Binho) e Felipe Grytz (Pipo) guiam a plateia através de apresentações musicais, comentários sobre as cenas e insights sobre o processo criativo por trás da trilha sonora que mistura elementos da música judaica, brasileira e da linguagem de trilhas sonoras.
Sobre os palestrantes
Ruben “Binho” Feffer é compositor, tecladista, arranjador, produtor e diretor musical. É fundador da Ultrassom Music Ideas e autor de trilhas para cinema, teatro e séries no Brasil e no exterior. Vencedor de prêmios em festivais nacionais e internacionais, assinou as trilhas sonoras de “O menino e o mundo”, “Guida”, “Tito e os pássaros”, entre outros. Em animação, compôs para séries como “Irmão do Jorel” e “Turma da Mônica – Vamos brincar”. Seus trabalhos recentes incluem o longa “Viva a vida” e os lançamentos “Uma mulher sem filtro” e “(Des)controle”.
Felipe “Pipo” Grytz é maestro, compositor e professor de Cabalá. Sua trajetória combina arte e espiritualidade, seja na criação de climas para cinema, no trabalho de grupo junto a corais ou no estudo da espiritualidade com ênfase em sua relação com a música.
25.10, sábado
16h - Auditório MIS | Exibição + bate-papo | “Saravá Shalom”
Saravá Shalom (dir. Alex Minkin, Brasil/EUA/Portugal, 92 min, 12 anos, digital) - O documentário acompanha a jornada pessoal e ancestral do artista cearense André Feitosa, que descobre que sua árvore genealógica inclui raízes africanas, indígenas e judaicas — sendo parte da linhagem de pessoas escravizadas, comunidades indígenas e judeus forçados à conversão. Movido pela curiosidade e pelo desejo de compreender sua identidade, André percorre 15 gerações de história, acessando arquivos históricos, mas também explorando tradições orais e culturais como terreiros, sinagogas e templos afro-brasileiros.
Após a sessão, acontece um bate-papo com Alex Minkin, cineasta e pesquisador, com trabalhos voltados a memória, ancestralidade e espiritualidade; Alexandre Cumino, mestre em umbanda; Andréa Kogan, autora do livro “Espiritismo judaico” (Ed. Labrador, 2018); Bruno Szlak, doutor em cinema israelense; e Nicole Borger, cantora, compositora e produtora cultural.
20h30 - Auditório MIS | Apresentação | Terkisher Ensemble
Terkisher Ensemble é um grupo musical formado por Nicole Borger, Beny Zekhry, Alex Parke, Ian Nain e Francisco Lobo, que propõe um diálogo sonoro entre tradições judaicas (em especial sefarditas e orientais) e música otomana, mesclando elementos do Oriente Médio, Mediterrâneo e patrimônio judaico com arranjos contemporâneos. O concerto utiliza instrumentos como acordeom, clarinete, cordas e percussão, explorando repertórios ricos em diversidade rítmica e melódica — com peças e canções que transitam entre tradicionais e modernas. Além de valorizar raízes culturais e históricas, o ensemble busca aproximar o público de uma música viva, que revela influências cruzadas e conexões entre diferentes comunidades ao longo do tempo.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, ProAC e Promac. O MIS tem patrocínio institucional da B3, Vivo, Valid, Kapitalo Investimentos, Goldman Sachs, Goodstorage, Sabesp e TozziniFreire Advogados e apoio institucional das empresas Unisys, Unipar, Volkswagen, EAÍ?! Marketing, Grupo Comolatti, Colégio Albert Sabin, PWC, TCL SEMP, Telium e Kaspersky.
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